07/02/2011

Filmes que (ainda) não vi - 127 horas

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Sinto a pedra reagindo ao meu peso e escorregando. Na hora percebo o perigo e, por instinto, me solto do pedregulho móvel e caio de pé no chão do cânion. Olho para cima e vejo a pedra engolir o céu. O medo me faz cobrir o rosto com as mãos. Não dá para me afastar ou eu caio de um pequeno barranco. Os três segundos seguintes passam em câmera lenta. A pedra cadente bate em meu braço esquerdo contra o paredão sul. Puxo esse mesmo braço quando a rocha ricocheteia no espaço confinado. Ela então esmigalha minha mão direita, que estava com o polegar para cima e os dedos estendidos. A rocha escorrega mais uns 30 centímetros, rebocando meu braço com ela, arrancando a pele. Então, silêncio.
Todo espectador demanda uma motivação para ir ao cinema. Dinheiro investido, apreço por um diretor ou artista, interesse geral pela sétima arte. Meu catalisador cinematográfico é a pesquisa. Todo filme que me estimule a pesquisar o tema e os assuntos relacionados ganham a minha atenção. É por isso que me obrigo a assistir 127 horas no decorrer da semana.

O único elemento que aprecio no trabalho de Danny Boyle é sua edição frenética, não percebo bem onde o diretor deixa suas marcas nos filmes. Também não sou fã de James Franco, contudo, a história de Aron Ralston tem apelo de público. Não suponho isso pela "vontade de viver" destacada no trailer, e sim pela claustrofobia e realismo que a história promete.

 

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