Pode parecer hipocrisia um jornalista questionar a democracia. Obviamente, minha contestação ao impedimento de acesso à informação e livre uso da web fica registrada. Não sou daqueles que amam os judeus, mas a crise do Egito, embora tenha caráter democrático e a busca por um novo modelo de governo, uma revolução no Oriente Médio pode reforçar o espírito antissemitista na região e retomar o espírito de revolta quanto à implantação do estado israelense. Lembrando que Egito e Israel são grandes aliados dos Estados Unidos.
Fato que um governo de trinta anos pode ter seus preceitos democráticos questionados. A transição pacífica de governo, vista como inevitável por Barack Obama, é a resposta de um democrata clássico, preocupado demais com a política interna deixando de lado a política externa. Uma ação efetiva do líder norteamericano evitaria litígios futuros em uma região importante, porém instável. Seus aliados estratégicos podem ceder a movimentos populares ou se sentir ameaçados por outras nações e retaliar. No Egito, cinco pessoas morreram e quase 900 ficaram feridas.
Economicamente, o petróleo - sempre um problema - atingiu a maior alta dos últimos anos e será uma ferramente bastante utilizada para negociações em 2011.
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