11/03/2011

Encontros e desencontros

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Sofia Coppola carregava, desde O Poderoso Chefão – Parte III, a estigma de ter sido colocada no mercado pelo pai. Só 14 anos depois, em 2004, ela provou que também tem talento. Obviamente não é tão diretora quanto o pai, mas como roteirista é bastante competente. E tudo, tudo mesmo, começa com uma boa história. Só lembrando, Encontros e Desencontros ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original. Nisso, com certeza, os Coppola são inquestionáveis.

E puxando um pouco o viés do cinema barato da semana passada a idéia do filme dessa semana também não é nada cara. Claro que a Sofia filmou em Tóquio, com Bill Murray e Scarlett Johansson no elenco, mas criar uma história de amor, amizade, ou seja lá o que for (veja o filme e descubra) é bem filmável. Com bons atores, é claro. Ter um Bil Murray interpretando desafinadamente More Than This, de Bryan Ferry é, simplesmente, humano. Idiota, mostrando ataques de felicidade meio irreais, mas é legal de se ver. E Scarlett também, sem comentários, os dois seguram os diálogos de forma cômica, mas sutil. São só duas pessoas de saco cheio que veem um no outro uma chance de escapar do mundo real.

Mas chega de falar do filme, tô contando a história demais.


Por fim, gostei da trilha sonora, às vezes imperceptível, que parece fundir-se ao filme. A fotografia colabora muito com isso também. Provando que um bom trabalho do diretor de fotografia não tem que ser feito em campos verdejantes, com um por-do-Sol maravilhoso. Prédios, neons e jardins bastam para dar cor ao filme.

Obviamente não é um primor de filme. Mas é daí? Todo filme tem que ser uma obra de arte? Cinema também é entretenimento e histórias bem contadas. Às vezes isso basta.

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